Em todo o mundo, mais de 6 milhões de crianças com menos de 5 anos morrem todos os anos e aproximadamente 165 milhões (26%) das crianças tem baixo crescimento, colocando em risco seu desenvolvimento físico e cognitivo.
O Brasil alcançou progressos significativos na redução da mortalidade infantil e do baixo crescimento nas últimas décadas. O país reduziu em 77% o número de mortes de crianças abaixo de 5 anos desde 1990, e tem assistido a um declínio constante no índice de baixo crescimento, que foi reduzido em mais de 80% desde 1975. No entanto, grandes desafios persistem em ambas as áreas. Uma proporção significativa de mortes neonatais está associada ao parto prematuro, que hoje representa 11.3% de todos os nascimentos no país. Baixo crescimento, subnutrição ou deficiências de micronutrientes são mais prevalentes em certas áreas do país e, em geral, estão intimamente relacionadas com maiores taxas de pobreza ou acesso limitado a serviços.
Ainda há muito desconhecimento sobre as principais razões para que o nascimento, crescimento e desenvolvimento não se deem de maneira saudável. Evidências atuais sugerem que essas causas – sejam elas baseadas na desnutrição, em doenças infecciosas, fatores sociais ou outros elementos – estão entrelaçadas e que, por isso, abordar apenas um dos fatores de cada vez pode resolver apenas uma pequena fração do problema. Além disso, baixo crescimento e deficiências de desenvolvimento podem reduzir a produtividade e perpetuar a pobreza. Precisamos saber como e quando intervir de forma mais efetiva para garantir que todas as crianças tenham um desenvolvimento saudável e pleno – que elas não apenas sobrevivam, mas também tenham a chance de viver de forma saudável e produtiva.
Esta chamada teve como objetivo apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação que buscassem determinar