De acordo com o Instituto ClimaInfo, no Brasil, 93% dos municípios foram afetados por algum tipo de desastre natural relacionado a eventos extremos. A Plataforma AdaptaBrasil relata que dos 5.570 municípios do país, 3.679 têm baixa ou muito baixa capacidade de adaptação a eventos extremos e desastres hidrológicos. Dessa forma, esse projeto busca desenvolver e usar tecnologias para coletar dados sobre ilhas de calor e qualidade do ar na Maré, com o objetivo de orientar medidas adaptativas por meio da articulação, mobilização territorial, incidência política e construção de protótipos, para criar estratégias eficazes de mitigação e adaptação. Busca-se também capacitar meninas do ensino médio em tecnologia climática para análise de dados. Espera-se que a combinação dessas estratégias, com ênfase na mobilização de jovens meninas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, possa fortalecer significativamente a resiliência em áreas urbanas densas, como a Maré. Ainda, para garantir a replicabilidade e escalabilidade, o projeto irá criar um ecossistema empreendedor local, incentivando a formação de pequenos negócios que abordem questões socioambientais. Também será implementado um sistema robusto para medir continuamente o impacto social do projeto, incluindo melhorias na qualidade de vida, empoderamento econômico e redução das desigualdades de gênero. Por meio dessas estratégias, o projeto criará um modelo inovador para desenvolver soluções sustentáveis e replicáveis para desafios climáticos, com forte envolvimento comunitário. Além disso, através da sistematização e disseminação do conhecimento produzido, pretende-se influenciar e integrar políticas públicas em territórios negligenciados.